Distribuo mais cumprimentos, até chegar ao balcão da
recepcionista, Renata, um mulherão, muito bem maquiada, mas burra feito uma porta.
Chego ao meu escritório, me ponho a fazer cálculos e finanças, e vou seguinte
até o fim do expediente. Essa é a minha rotina de trabalho.
Passa – se uma semana, subo pelo elevador, e logo que a
porta abre, acho que vim parar em uma terra pós - apocalíptica, pessoas
correndo e gritando, mesas viradas, uma loucura. Dei meu bom dia a
Neide, e perguntei a alguém que passava o que estava acontecendo. Ele me respondeu
com uma voz colérica:
- A Renata, ela...ficou presa no trânsito... e não vai
conseguir chegar hoje !!!
Dito isso, primeiro fiquei me sentindo uma enorme mula, mas
respirando fundo e contando até dez, consegui chegar a minha sala sem bater em
ninguém.
Passado mais uma semana, subo pelo elevador, tudo parece
normal, sigo pelo corredor, pego meu cafezinho, mas não encontro Neide para
dar meu bom dia. Perguntei a muitos se sabiam dela, e todos diziam a mesma resposta:
- Ela não veio? Nem reparei.
Pois é, passou um dia, uma semana, um mês e todos continuavam com a mesma resposta. Logo apareceu uma menina nova para a
limpeza. E todos continuavam com a mesma resposta.