segunda-feira, 2 de abril de 2012

Selva Urbana

Saindo de manhã, do conforto do meu lar, para mais uma briga contra o hoje e o destino. Mal se vê o Sol no horizonte, mas já se sente parte de seu calor. Tomo impulso, respiro fundo e saio em meio à selva. Em meio a um terreno irregular e cheio de vais e vens, com várias placas em paralelepípedo, sigo meu caminho em direção ao meu transporte, uma enorme gôndola amarela, com duas lanternas reluzentes, que segue o fluxo do enorme rio negro.
Durante o trajeto, encontro deslizes e obstáculos, os quais a gôndola atravessa com certa dificuldade, ameaçando encalhar. Fazemos uma parada e então trocamos de veículo, agora vou pelo subsolo, viajando sobre uma enorme serpente gigante, de quase um quilometro de comprimento e com dois metros de altura. Com escamas prateadas e sólidas, atravesso desde estalagmites e estalactites, até grandes minas de ferro.
Ela corre rápida, derrubando o que há na frente, trepidando e rangendo, sem mover os enormes olhos amarelos, fixos e brilhantes. Esforço-me para descer no meu destino, agarrando em enormes cipós e galhos que encontro no local. Estou quase no meu destino, agora me encontro em uma enorme caverna, onde quase não há luz, e se vê os mais diferentes tipos de insetos que pode imaginar.
Escalo uma enorme coluna de rochas, todas bem sobrepostas, quase que encaixadas, formando uma espécie de escada que, dependo dos movimentos, podia desabar. Em meio à caverna, ainda encontro desenhos e pinturas rupestres, semelhantes a mapas e caçadas, algo incrivelmente interessante.
Depois de tudo, chego ao meu destino, para depois ter de enfrentar novamente todos esses mesmos obstáculos e baarreiras, mas mesmo assim, eu sobrevivo.